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Asalha: O Festival do Despertar Espiritual

  • Foto do escritor: Ana Raposo
    Ana Raposo
  • 22 de mai. de 2024
  • 2 min de leitura

Nas profundezas dos tempos, quando o misticismo e a espiritualidade ainda eram a tessitura do cotidiano, emergiu um festival que celebraria o despertar da consciência e a iluminação. Asalha, também conhecido como Asalha Puja, é esse momento místico e emocionante, que conecta almas através das eras e desperta o nosso ser interior.


Na plenitude da lua cheia de Asalha, o oitavo mês do calendário lunar budista, o mundo parece vibrar com uma energia única. É nessa noite, sob a luz prateada e serena da lua, que comemoramos a Primeira Ensinança do Buda, o Dhammacakkappavattana Sutta, ou "A Roda do Dharma". Essa data marca o início de uma jornada espiritual que começou há mais de dois milênios, quando Siddhartha Gautama, o Buda, compartilhou pela primeira vez suas profundas revelações sobre a vida, o sofrimento e o caminho para a iluminação.


Imagina-se o cenário: um bosque silencioso em Sarnath, onde o ar é pesado com o aroma das flores noturnas e o canto dos insetos se mistura à quietude. Cinco ascetas, inicialmente céticos, sentam-se aos pés do Iluminado, suas mentes preparadas para absorver uma verdade que mudaria para sempre a humanidade. O Buda, com uma calma que transcende a compreensão mortal, começa a falar sobre as Quatro Nobres Verdades e o Nobre Caminho Óctuplo, traçando um mapa para a libertação do sofrimento.


As palavras do Buda não são meras sílabas, mas mantras que reverberam no coração daqueles que buscam a iluminação. Asalha, então, não é apenas um festival, mas um portal para uma dimensão onde o material e o espiritual se entrelaçam, convidando-nos a refletir sobre nossa própria existência e o propósito maior que nos guia.


Hoje, em templos ao redor do mundo, essa tradição milenar continua viva. Monges vestidos em seus trajes açafrão, lembrando a simplicidade e a renúncia, entoam sutras enquanto a fumaça de incenso se ergue como preces tangíveis. Os devotos, com olhos fechados e corações abertos, se entregam a momentos de meditação profunda, permitindo que o ensinamento do Buda penetre suas almas como a luz da lua cheia que ilumina a escuridão da noite.


Asalha é um convite para todos nós. Um chamado para parar e ouvir a sabedoria antiga que ainda ecoa nas montanhas e nos vales da nossa mente. É uma celebração do despertar, uma recordação de que, como a lua cheia, todos temos a capacidade de brilhar intensamente, dissipando as sombras do sofrimento e iluminando o caminho para a paz interior.


Neste festival, que nos envolve em uma aura de serenidade e introspecção, somos lembrados da eterna dança entre luz e escuridão, entre o material e o espiritual. Que Asalha nos inspire a seguir o caminho do Dharma, a encontrar nossa própria iluminação e a compartilhar essa luz com o mundo.


Que todos os seres possam ser felizes. Que todos os seres possam ser livres. Que todos os seres possam encontrar a paz.

 
 
 

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